Proposta que suspende redução de IPI de concentrados de refrigerantes na Zona Franca é rejeitada
A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1011/18, do Senado, que pretende sustar o decreto do Executivo que reduziu de 20% para 4% as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre a produção de xaropes usados na fabricação de refrigerantes na Zona Franca de Manaus.
A rejeição do texto e dos apensados foi pedida pelo relator na comissão, deputado Fausto Pinato (PP-SP), pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária. Este tipo de rejeição implica no arquivamento do projeto, mas cabe recurso ao Plenário da Câmara dos Deputados.
Fausto Pinato destacou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2018 (Lei 13.473/17) exige estimativa dos impactos orçamentários e financeiros advindos das proposições, o que não aconteceu no caso.
Segundo o projeto, o Decreto 9.394/18 inviabiliza a permanência da indústria de concentrados em Manaus, que responde por grande parte do faturamento do Polo Industrial. “A modificação das alíquotas acaba, na prática e sem lei, com o incentivo fiscal garantido para a Zona Franca”, diz o texto.
O governo alega que o incentivo foi reduzido em nome do equilíbrio fiscal e que o decreto corrigiu uma distorção: a carga sobre o insumo (20%) era maior do que sobre o produto final (4%). Essa diferença existente antes do decreto gerava créditos na apuração do IPI pelas indústrias de refrigerantes.
FONTE: Agência Câmara
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