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02/05/2017 - 12:34

Locação

Taxa de vacância para locação no Rio de Janeiro bate recorde no mês de março

Relatório de Inteligência Imobiliária da Apsa mostra que índice chegou a 13%, 2,3 pontos percentuais superior a 2016; zona sul tem maior variação


A crise econômica e financeira e o aumento expressivo da oferta de imóveis após as Olimpíadas têm provocado mudanças no setor imobiliário. Levantamento feito pela empresa de gestão condominial e negócios imobiliários Apsa mostra que a taxa de vacância de imóveis residenciais para locação na cidade do Rio bateu recorde em março.


O relatório de Inteligência Imobiliária da Apsa aponta que o índice chegou a 13% naquele mês - 2,3 pontos percentuais superior à taxa de março de 2016. A quantidade de imóveis vagos cresce desde setembro, quando chegou a 11,3%. Em geral, a taxa varia de 8% a 12%.


"Cerca de 63 mil unidades foram lançadas entre 2011 e 2013. Muitos investidores compraram esses imóveis esperando grande retorno financeiro na entrega, porém a economia não correspondeu à altura. Como não conseguiram vender, tentaram alugar os imóveis e se depararam com aumento de oferta e redução da procura acentuada pelo desemprego, o que fez com que a taxa de vacância subisse no Rio como um todo", explica o gerente Geral de Imóveis da Apsa, Giovani Oliveira.


LEIA MAIS: Índice que reajusta aluguel cai 1,10% em abril (Notícia COAD 27/04/2017)


A zona sul vive os dois extremos. Laranjeiras teve redução de -5,1% na taxa de vacância dos últimos seis meses, enquanto em Ipanema houve aumento de 9,8% na quantidade de imóveis para alugar. Na zona norte, o índice cresceu 8,7% no Grajaú e registrou queda de 0,2% no Méier.


Já o Índice de Velocidade de Locação, que calcula o percentual de crescimento ou redução de unidades alugadas em determinado período, segue em queda. Na comparação entre março de 2017 e o mesmo mês de 2016, houve desaceleração de -16,7% nas locações. Ou seja, menos imóveis foram alugados, o que faz com que os proprietários percam poder de negociação para que o bem não encalhe. No entanto, quando se compara com o mês anterior (fevereiro de 2017), houve aceleração de 10,4%.


"A taxa de vacância alta cria uma condição vantajosa para os inquilinos que têm maior poder de negociação para alugar rápido, por um preço menor e com menos burocracia. Orientamos nossos clientes para anunciarem o imóvel a um preço justo, próximo à média do mercado e ofereçam opções que atendam às necessidades dos inquilinos. Assim, a velocidade de locação aumenta e o imóvel fica menos tempo parado", detalha Oliveira.


Mudança


O excesso de oferta, no entanto, é positivo para quem vai comprar um imóvel. Oliveira observa que a diferença entre o valor ofertado e vendido é de, em média, -35,8%. No Rio, o preço do metro quadrado ofertado pode cair de R$ 10.198 para R$ 6.547. Em um mercado estabilizado, a variação fica entre 8% e 15%.


"Em período de crise, com oferta maior que a demanda e nível de desemprego de 13,2%, segundo o IBGE, os poucos interessados e capitalizados para comprar têm mais poder de barganha e conseguem realizar negócios muito mais atrativos. Os percentuais de negociação se acentuam", avalia.


LEIA MAIS: Consulte os percentuais de variação anual do IGP-DI (FGV), IGP-M (FGV) e INPC (IBGE) nas Tabelas Dinâmicas da COAD


O estudo é feito a partir dos preços ofertados por imóveis padrão nos principais portais imobiliários e dos valores finais no fechamento do contrato. Com esses dados de Inteligência Imobiliária, a Apsa consegue mensurar os preços de uma região e até mesmo de um endereço específico.


A partir dos dados colhidos, é possível identificar um início de recuperação do mercado de locação, principalmente residencial. Para Oliveira, o relatório de Inteligência Imobiliária reúne informações que ajudam a facilitar a negociação entre proprietários e inquilinos.


"Os proprietários devem posicionar os imóveis com preços mais competitivos e aumentar a liquidez de seus patrimônios. Além disso, monitoramos o comportamento dos interessados para atender suas necessidades e gerar novos negócios com preços justos pelo imóvel", diz o gerente da Apsa.


Oliveira argumenta que as variações regionais identificadas pelo relatório mostram redução mais acelerada no preço do m² na zona sul em relação à zona norte porque os inquilinos buscam regiões mais baratas.


"A Tijuca tem boa infraestrutura, mobilidade e acesso a serviços, o que torna o bairro atrativo para aqueles que, por limitação financeira, estão migrando da zona sul em busca de aluguéis mais baratos", analisa.


FONTE: DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços



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