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23/03/2017 - 11:53

Economia e Gestão

Cartão benefício produz economia de até 35% em despesas nas empresas

O uso dos cartões benefícios para gerenciar despesas corporativas deve ganhar novo impulso por parte das micro, pequenas e médias empresas em 2017. Com até 35% de economia, a ferramenta é saída para controlar fluxo de caixa e custos dos funcionários.


Após liderarem os pedidos de recuperação judicial de número recorde em 2016 (com 60,8% do total de requerimentos), as micro e pequenas empresas “sobreviventes” começam a ter fôlego e focar o uso do fluxo de caixa mais “conscientemente”.


De acordo com o sócio da consultoria Boanerges&Cia, Boanerges Ramos Freire, o movimento de “cuidado com os custos” começou a se intensificar exatamente pela queda da “fase lucrativa” no ambiente pessoa jurídica.


“Quando vem uma crise e todos os sinais apontam o fundo do poço, muitas empresas entram em um modus operandis para passar ao período difícil. Aquelas que sobrevivem acabam incorporando esse aprendizado doloroso para tentar maior eficiência”, identifica.


De fato, segundo a chefe da Paypaxx, plataforma da Hub Prepaid que oferece cartões corporativos para gestão de despesas, Vivian Cristina Yushiura Ramos, o produto ganhou visibilidade não apenas pelas facilidades da ferramentas, mas também pela economia oferecida.


“A busca por autonomia na gestão de custos começou a impulsionar esse tipo de cartão entre as companhias e a aceitação fica ainda maior com a proposta de que a economia nos gastos chega a até 35% do total”, comenta a executiva.


Nesse sentido, todas maiores empresas de cartão benefício já oferecem não apenas o plástico para o funcionário, direcionado para despesas com refeição, compras no supermercado e vale transporte e combustível, mas também um cartão próprio para gastos corporativos, seja com carros, viagens e até para controles gerais dos recursos da empresa.


É o exemplo da Alelo (companhia do Bradesco e Banco do Brasil), da VR e da Edenred (detentora das marcas Ticket, Accentiv’Mimética e Repom).


“São soluções que motivam as empresas à gestão e dão eficiência e acesso a relatórios gerenciais e extratos de utilização”, pondera o diretor de gestão de despesas corporativas da Alelo, Roberto Niemeyer.


Cuidados na utilização


Os especialistas entrevistados pelo DCI atentam, porém, que apesar de os micro, pequenos e médios empresários serem os principais responsáveis pelos avanços dos cartões como gerenciadores de despesas, a preocupação tem sido com a “mistura” entre plásticos pessoais e empresariais.


De acordo com o economista Vitor França, o mercado cresceu pela transparência oferecida, mas o movimento ainda demonstra os reflexos negativos da “falta de cultura” dos brasileiros em gerir despesas separadamente.


“O lado ruim é que, principalmente para os pequenos, que também foram os líderes em inadimplência no ano passado, ainda tem muita confusão com os orçamentos familiares e empresariais. É um comportamento de tentar usar para ganhar fôlego, mas só passa o problema pra frente”, identifica o especialista.


Já para Freire, “misturar” os orçamentos é uma “cultura que precisa ser aperfeiçoada”.


“Isso é algo que acontece com dinheiro, cheque ou cartão e o empresário precisa aprender a separar esses dois mundos. São realidades diferentes”, comenta o executivo.


Dados do Banco Central apontam que a inadimplência dos cartões de crédito pessoa jurídica entre os bancos não apenas atingiram o ápice em 2016, mas continuam com alta mensal em 2017. Só em janeiro, os atrasos acima de 90 dias aumentaram de 0,2 ponto percentual (de 17,2% para 17,4%).


Ele reforça que apesar de ter um “papel menor” do que as mudanças estruturais necessárias frente uma crise orçamentária na empresa, o plástico ainda deve ser impulsionado como uma boa prática.


“Os cartões corporativos no geral ajudam a registrar gastos e a ter detalhes do uso para um controle maior, o que acaba sendo alternativa”, acrescenta o sócio da Boanerges&Cia.


Ainda segundo o BC, nos calotes de 15 a 90 dias de janeiro contra dezembro, o número subiu 0,8 ponto percentual (de 4,5% para 5,3%).


“É um mercado que tem bastante potencial e que, com os avanços tecnológicos, oferece um controle e transparência ainda maior, o que permite reembolsos e agilidade. Só é preciso cuidado e cautela na gestão”, pontua França.


“Por isso, acabamos oferecendo benefícios diferentes, como a gestão separada por tipos de custo ou áreas na empresa, que podem ser controlados por um aplicativo”, diz Yushiura, da Paypaxx e completa que o foco é em pequenas e médias. “Elas são as que convertem seus sistemas mais rapidamente porque precisam dessa ajuda extra. Isso deve se evidenciar”, conclui.


FONTE: DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços



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