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02/12/2016 - 14:05

Planos de Demissão Voluntária

Estatais planejam cortar até 60 mil funcionários em novos PDVs

Principais empresas federais dispensaram 21,6 mil pessoas desde o início do ano passado


Grandes estatais federais dispensaram 21,6 mil funcionários em planos de demissão voluntária (PDVs) desde o início de 2015. E planejam cortar até 60 mil vagas em novos programas desse tipo.


Por estimularem a saída de pessoas que já têm condições de se aposentar, algumas dessas ações são tratadas como planos de aposentadoria incentivada. Mas, na prática, o objetivo é sempre o mesmo: reduzir o quadro de pessoal em meio à recessão e à grave crise fiscal do governo.


A estatal que mais demitiu por meio de PDVs nos últimos anos foi a Petrobras. Quase 8 mil funcionários deixaram a empresa em dois programas. O mais recente já encerrou o prazo de adesões, mas ainda não concluiu todas as dispensas. Quando isso ocorrer, mais 8 mil pessoas, aproximadamente, entrarão para a estatística.


A Petrobras também planeja fazer PDVs para as subsidiárias que serão vendidas ou que ganharão sócios privados, como a BR Distribuidora.


Também vão enxugar sua folha de pagamento os dois maiores bancos estatais. A Caixa dispensou 5,3 mil pessoas de 2015 para cá, e planeja cortar mais 11 mil, como parte de um enxugamento de estrutura que pode resultar no fechamento de 100 agências.


O Banco do Brasil, com 5 mil demissões já efetivadas, pode cortar mais 18 mil funcionários. Também está nos planos o fechamento de 402 agências e a transformação de 379 filiais em postos de atendimento.


Outras estatais que anunciaram grandes PDVs recentemente foram a Eletrobras, que pretende fechar cerca de 5,6 mil postos de trabalho, e os Correios, com meta de 8 mil adesões.


Também realizaram PDVs ou estão prestes a iniciar empresas como Infraero, Serpro, Banco da Amazônia, Dataprev, Conab e Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM).


Confira abaixo a lista completa, que reúne informações do Ministério do Planejamento e das próprias empresas, e também números que ainda não foram anunciados oficialmente pelas companhias:


 


Empresa | Demissões desde 2015  | Demissões planejadas


Banco do Brasil | 4.992 | 18.000


Caixa | 5.263 | 11.000


Petrobras | 7.961 |  8.000


Correios  |   -   | 8.000


Eletrobras  |  -   | 5.658


Serpro |  532   |   4.373


Infraero  |  2.582  |   2.000


Conab  |   -   |   1.670


Banco da Amazônia  |  240  |   622


CPRM   |  -  |   446


Dataprev  |     -   |   122


TOTAL   |    21.570    |     59.891


 


Empresas fecharam 21 mil postos de trabalho desde o pico de 2013


Desde 2013, quando as estatais federais atingiram o maior número de funcionários em quase duas décadas, praticamente 21 mil postos de trabalho foram fechados, no saldo entre contratações e demissões ou aposentadorias.


Segundo o mais recente Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais, do Ministério do Planejamento, em agosto as estatais empregavam 481.469 pessoas, ante 502.226 no fim de 2013.


Queda e ascensão


Em 1991, primeiro ano com informações disponíveis no levantamento, pouco mais de 640 mil pessoas trabalhavam nas estatais federais. O quadro chegou a 643,6 mil em 1993, e a partir de então caiu quase sem interrupções até o fim de 2000, 322,7 mil pessoas estavam empregadas nessas companhias.


Ao longo dos 13 anos seguintes, foram admitidos quase 180 mil funcionários, já descontadas as demissões e aposentadorias.


FONTE: Gazeta do Povo



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